"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


sábado, 31 de dezembro de 2011

2012 - E Agora?

“Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares.” – Josué 1: 9

Este é um dos meus versículos favoritos.
Hoje estou a lembrá-lo porque há um grande desânimo na nossa sociedade, há também muitos conflitos pessoais, e, por vezes, isso amedronta-nos e tolhe-nos a vontade de reagir.
Além disso, estamos a despedir-nos de um ano e prestes a receber outro… tempo de balanço, reflexão e projecção.


Então, aproveitemos o ensejo para renovar a nossa esperança no Altíssimo e nos lembrarmos que muitas vezes perdemos grandes bênçãos por falta de confiança.
O que Deus disse a Josué serve também para nós. Por isso, quando tivermos medo ou dúvidas, é imperativo ouvirmos a voz de Deus e, se Ele disser “Vai!”, ou “Faz!”, temos de confiar e, com determinação, usar de: Energia (esforça-te), Vontade (tem bom animo), Ousadia (não temas) e Naturalidade (não te espantes).
Ele estará sempre ao nosso lado!



Agarra essa bênção, são os meus votos para 2012.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Dia de Natal

É tempo de celebração pelo nascimento do Messias.
Que os nossos festejos possam representar louvor e culto ao Deus da nossa salvação.

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos
a sua glória, como a glória do unigénito do Pai,
cheio de graça e de verdade.” – João 1: 14

A propósito do tema, deixo aqui uma excelente curta-metragem de animação.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Eu Gosto do Natal!

Desde a história verídica, aos preparativos para a celebração, passando por tudo quanto inventamos para tornar esta quadra mais família e sedutora, eu gosto do Natal!

A figura do Pai Natal é uma das mais carinhosas recordações da minha infância.
Naquela altura ainda não havia essa falta de gosto dos bonecos insufláveis enforcados nas varandas e esquecidos durante um mês ou mais. Também não tropeçávamos nele(s) em tudo quanto era estabelecimento. E, acima de tudo, não se apresentava desmazelado, nem antipático.
Não, o Pai Natal era um velho bonacheirão, risonho, sempre de bem com a vida…, era mágico!
Esta era a única época do ano em que eu e as minhas irmãs recebíamos prendas e guloseimas. Os pais e a Escola Dominical, sempre tinham um mimo e, algumas vezes, também outras pessoas.

A época era entusiasmante. Fazíamos uma árvore, com pinheiro a sério, onde pendurávamos anjos de barro, bolas de vidro, pedaços de algodão e velas.
Depois, na noite de consoada, antes de irmos para a cama, deixávamos um sapato junto à chaminé por onde o amoroso velho iria passar; e, no dia de Natal, logo pela manhã, era uma alegria indescritível o acto da descoberta daquilo que ele nos tinha trazido.
Nesse dia a mesa tinha mais iguarias, vestíamos roupa e sapatos novos e íamos à casa de oração fazer a festa da Escola Dominical - cantar, dizer poesias, fazer alguma peça, ouvir a história do nascimento do Salvador e receber prendas.

No Natal dos meus 9 anos, as minhas irmãs, uma com 15 e outra com 13 e meio, já não tinham as ilusões e  ingenuidade com que a idade me distinguia. Não me recordo bem com que palavras, mas a irmã do meio lá me desvendou o segredo...; afinal, o Pai Natal era o pai e a mãe e as prendas estavam escondidas algures na casa.
Depois, foi só descobrirmos os embrulhos. Eu não resisti à ansiedade, abri uma ponta do que dizia “Mimi”, sem, obviamente, ter conseguido disfarçar o delito.
Fiquei num misto de alegria (por saber que era um livro), de tristeza (por não haver Pai Natal), e de medo (por ir ser descoberta). E, sim, além de ter perdido a magia, ouvi um ralhete daqueles, quase arriscando não receber a prenda.

Não obstante, ei-lo!
Guardo-o até hoje. “O Peregrino”, um livro fantástico onde Bunyan relata a caminhada de Cristão, um peregrino espiritualmente abatido que viaja rumo à Cidade Celestial, sendo confrontado com diversos desafios durante a jornada.


“Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade, pelo que os filhos dos homens se abrigam à sombra das tuas asas.”
Salmos 36: 7
“Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo,
regozijai-vos.” – Filipenses 4: 4

Nota: Já sou avó!
Tal como fiz com os meus filhos, tento que esta quadra tenha, para os netos, um ambiente de festa e encanto.
Por isso, ajudam a enfeitar a casa, colaboram na preparação dos doces, aprendem cânticos e representação para fazer surpresa nas reuniões da família, abrem as prendas na noite de consoada e sabem que estão a comemorar o nascimento de Jesus… enfim, é uma alegria sentir esta vida!
E, imaginem, acreditam que o Pai Natal existe.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Para este Natal...

Desejo:
que sejas livre;
que sonhes; que ames;
que sorrias; que sintas paz…
que ouses ser feliz e voltes a ser criança.

Que a tua família se junte, se abracem e cantem;
que seja tempo de louvares o Messias e creres em Deus.
Que contagies todos ao teu redor; que sejas ainda melhor.
Que tenhas força para vencer as dificuldades e recomeçar.
Que recebas presentes; lembres o passado com carinho
e sintas esperança no futuro.
Desejo, sobre tudo,
que acolhas Jesus
dentro do teu coração.


“Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens.” - Lucas 2: 14

sábado, 3 de dezembro de 2011

O Advento

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que n'Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” – João 3:16

Esta é a dimensão histórica da salvação; o verdadeiro motivo pelo qual Jesus se tornou humano e viveu entre nós.


Neste advento, quando preparamos a celebração da primeira vinda de Jesus (o nascimento), alegremo-nos com a expectativa da segunda vinda.
Que este seja, também, tempo de serviço. Todos os crentes são chamados a compartilhar o amor de Cristo e a convidar outras pessoas para o dom gratuito da salvação.
Então, Jesus há-de nascer no coração daqueles que O aceitarem!


“People Need the Lord” é um dos meus hinos favoritos. Ele fala das pessoas perdidas e vazias, porque não têm Deus nas suas vidas; fala também do dever de partilharmos a Palavra da Vida aos perdidos, mostrando que Jesus é a porta da salvação.
As pessoas precisam de Deus!

Aqui fica o hino, na bonita voz de Steve Green (cantor evangélico).



A Associação Evangelística Billy Graham traz a Portugal um projecto televisivo de evangelização, já com muito bons resultados noutros países.
Esta é uma oportunidade fantástica para levarmos amigos, vizinhos, colegas e familiares descrentes a ouvir a Palavra de Deus.
Vamos contribuir com oração, assistência espiritual e testemunho, para que esta campanha possa dar frutos.

RTP2 - dias 6, 7 e 9 de Dezembro, das 18.30h e às 19h

sábado, 26 de novembro de 2011

A Fragrância


A minha cadela chama-se Alfa, tem 9 anos e é uma amiga muito querida e fiel.

Já uma vez aqui falei dela porque o seu comportamento tem coisas que me dão que pensar.



Quando voltamos a casa e ela começa insistentemente a cheirar a escada e a porta, e depois entra a correr à procura de alguém, sei que um dos meus filhos aqui esteve durante a nossa ausência.

Mas, outro dia, ainda a meio da rua, ela pôs-se de nariz no ar a farejar incessantemente. Eu puxava-a, mas ela insistia em parar e empinar o nariz em determinada direcção e só deixou de o fazer quando entrámos no pátio de casa.
Mais tarde, soube que a minha filha quinze ou vinte minutos antes da nossa chegada tinha subido a rua a pé.

Quando isto aconteceu, lembrei-me das palavras de Paulo:
“Graças a Deus, que em Cristo sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento.
Porque nós somos para Deus o bom perfume de Cristo; tanto nos que são salvos, como nos que se perdem.”
II Coríntios 2:14-15

Eu gosto dos aromas naturais. E então, qual deve ser o aroma natural do cristão? A minha fragrância espiritual, será reconhecida pelos outros como “o bom perfume de Cristo”?

Espero que sim! Usar esse maravilhoso privilégio é um desejo sempre e cada vez mais presente em mim.
O aroma que, onde quer que esteja, deixe o ambiente impregnado pelo exemplo da vida de Jesus em: santidade, amor, serviço, gratidão e humildade. Pode até ser que esse cheiro enerve os meus inimigos, mas, desde que o reconheçam, fico tranquila.
Exalar o perfume do Cristo que habita em mim e deixar esse aroma tanto hoje, por onde passar, como para memória futura é uma prioridade de vida, à imitação de muitos servos de Deus que tenho conhecido e cujo aroma permanece na minha memória.

Oração: Pai concede-me a firmeza, fidelidade e exemplo aprovado por Ti, para deixar o rasto do bom perfume de Cristo por onde quer que eu passe.

sábado, 19 de novembro de 2011

Sem Palavras

Pr. Abel Rodrigues
Início do Ministério U.B.



A primeira memória que tenho deste homem, vem do tempo em que eu tinha aquele tamanhinho que exemplificamos quando esticamos a mão abaixo da cintura e de quem mais tarde dizemos “andou comigo ao colo”... e andou mesmo!





Muitas vezes dou comigo a pensar nele com uma enorme ternura por tudo o que representou para mim. O Pr. Abel Rodrigues foi, sem dúvida, o meu pai na fé.
Levou-me até aos pés da cruz e com ele fiz a mais importante decisão da minha vida; ensinou-me a esmiuçar os textos bíblicos; orou por mim; foi amigo e conselheiro. Devo-lhe uma boa parte da mulher que hoje sou.
Talvez por isso, não posso esquecê-lo e não deixo de o amar!

Abel Pinheiro Rodrigues, nasceu a 23.06.1921 e a 17.11.2006 foi encontrar-se com o Pai.
Homem de uma lucidez e sensibilidade extraordinárias; com enorme sabedoria e inteligência espiritual; de grande firmeza doutrinária e teológica; rigoroso, exigente e dedicado; contra todas as imprevisibilidades e vicissitudes com que a vida o traiu, nunca deixou de amar o seu Mestre.
Teve formação em enfermagem, mas a sua paixão prioritária era a Palavra de Deus por isso, quis aprofundar os seus conhecimentos e, o que era invulgar naquele tempo, foi estudar numa escola teológica (Instituto Bíblico Emaús, na Suíça).

Com uma visão de ministério muito avançada para a época, aos 28 anos fundou a União Bíblica (U.B.) em Portugal.
Ainda nesse ano (1949) tornou-se pioneiro dos Campos Bíblicos do nosso país, no Carrascal (Sintra), com a ideia de proporcionar aos jovens crentes uma semana de retiro espiritual e de convívio durante as férias de Verão. Também nisso inovador porque, além da U.B. ser interdenominacional, os acampamentos eram mistos (numa época em que até as escolas eram separadas por sexo).
Com o mesmo objectivo, em 1953, deu início a acampamentos para crianças.
E, conforme vocação da U.B., editou notas explicativas para crianças e adultos, inicialmente traduzidas e/ou escritas por si próprio, como complemento e incentivo à leitura diária da Bíblia.
Foi seu o primeiro e criterioso trabalho de recolha, tradução e adaptação de cânticos que formaram o hinário da U.B.; posso afirmar que são hinos e coros lindos, carregados de mensagem e que nos convidam à meditação e deleite.
Apesar das excelentes adaptações que fez e de saber tocar órgão, dizia não se sentir capaz de ele próprio escrever um cântico, mas, incentivado por um amigo estrangeiro, certa noite começou a pensar naquilo de que as crianças gostam e do que precisam e, na manhã seguinte tinha feito (letra e música) o primeiro e único cântico de sua autoria:

Andar, saltar, correr e brincar,
É bom, alegre e faz-nos crescer;
Porém, parar um pouco e pensar,
Também faz bem e juízo ter.
É bom lembrar que Cristo nos vê,
Nos ouve e sabe o que vai em nós,
Assim, devemos d’Ele aprender,
Segui-lO, amá-lO e escutar Sua voz.

Fiel à chamada do Senhor, junto com a sua esposa, Dª Maria Amélia, serviu durante 38 anos como Secretário-Geral da U.B., ministério que muito amou e onde deixou a sua indelével marca.
Muito importante na vida de imensas crianças e jovens, hoje adultos, quero acreditar que, enquanto um de nós estiver vivo, a influência espiritual que transmitiu não será esquecida.

Em jeito de homenagem, quero caracterizar a minha admiração, lembrando:
~ A forma clara, arguta e atraente como expunha as Escrituras, ao ponto de alguns de nós (campistas), após o estudo bíblico ou a pregação, ainda ficarmos a trocar impressões com ele. Recordo-me muito bem de alguns dos estudos que fizemos e mesmo de pormenores do que aprendi.
~ Os seus olhos rasos de lágrimas quando falava do amor de Deus e do sacrifício salvífico de Cristo.
~ A sua inconfundível e incisiva dicção, que não nos deixava indiferentes àquilo que queria transmitir.
~ A forma como segurava a Bíblia numa mão e mexia a outra enquanto pregava, tornando o discurso dinâmico.
~ O silêncio reflectivo com que ouvia música clássica que tanto admirava. Devo-lhe os meus primeiros conhecimentos sobre as obras de grandes compositores.
~ O quanto nos divertíamos e riamos, com os nossos jogos de batalha-naval que ele próprio me ensinou e, quase sempre, ganhava.
~ A exigência de pai atento que sempre exerceu sobre as crianças e jovens que lhe eram confiados.
~ O facto de me ter visitado quando, aos 11 anos, fui atropelada ficando em perigo de vida e de, durante o acampamento desse ano, me ter escrito um postal assinado por todos os campistas.
~ Que, ao longo dos anos, sempre que lhe escrevi para pedir uma opinião, a dar uma novidade, ou simplesmente para dizer: "Olá!", nunca me deixou sem resposta.
~ As muitas horas que passávamos a conversar e a desabafar. E, as diversas vezes, em que, a meio da conversa, agarrava na Bíblia, ia directo a uma passagem, lia com a sua perfeita dicção e rematava: “É isto, que mais podemos dizer?”.
Nos últimos tempos recordávamos muito aquilo a que eu chamo “os anos de ouro da União Bíblica”, o Pr. Abel contava detalhes do seu tempo no activo e dos projectos que tinha se tivesse continuado. Ambos achávamos que a história da U.B. em Portugal devia estar relatada e documentada em livro, mas isso nunca foi feito e, infelizmente, a fonte principal já não está connosco.
~ Como até ao fim, ou seja, até a doença lhe ter retirado qualidade física e faculdades mentais, lhe pedi conselhos que nunca recusou dar, por vezes com respostas imprevisíveis.
~ Que na nossa relação, figuravam valores de amor, respeito e amizade. Foram anos muito ricos.

Faz hoje 5 anos, fiz-lhe a última visita, lá no nosso local de eleição, onde o chão é sagrado. O seu corpo esteve na Capela do Carrascal, de onde a urna saiu coberta pela bandeira da U.B., o que equivale a dizer que: saiu daquela que era, por direito, a sua casa.
À noite o luar estava lindo, muitas estrelas cintilavam no céu; uma mais luminosa que as outras… sorri-lhe!

Sem palavras porque, tudo quanto disse, fica aquém do que sinto e do que ele merecia.
Ele faz-me muita falta!


“…Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham.” Apocalipse 14:13

sábado, 12 de novembro de 2011

O Mistério

Desde criança que gosto de ler, de manusear livros e de não me desfazer deles. De uma grande parte, guardo na memória a ideia fundamental do texto e até uma ou outra frase.

Devia ter uns 17 ou 18 anos quando, numa das minhas idas à Feira do Livro de Lisboa, encontrei um livro cujo título (“Rumo à Felicidade”) me chamou a atenção. Dei uma vista de olhos pela introdução e o índice, li a síntese curricular do autor (Pd. Fulton Sheen), de quem nunca tinha ouvido falar, e comprei o livro.

Já o reli algumas vezes, em tempos e estados de alma diferentes, mas, desde a primeira leitura, há uma frase que nunca esqueci:
“O grande mistério não é a razão porque amamos,
mas porque somos amados.”

Tem tudo a ver com relacionamentos e para mim, que gosto de dar, mas fico constrangida quando recebo, é perfeitamente percebível. Não que me subestime, mas porque tenho receio de não ser suficiente… e sim, amo, há casos em que amo mesmo muito.
Também não fico obnubilada quanto ao temperamento dos que, supostamente, gostam de mim, mas tenho sempre presente uma íntima gratidão.

Porém, o mais importante é quando isto tem a ver com O divino. Não há como dissimular a diferença entre mim e Ele ou omitir a pergunta: Porque será que Deus me ama?
Aí está algo a que a Bíblia não responde. Não faz mal, afinal de contas, Ele é amor!
E, mesmo não conseguindo entender porque é que Deus insiste em me amar, à medida que mais me relaciono com Ele, mais o meu próprio amor aumenta e se fortalece. Então, isso faz-me saber não o porquê, mas para quê!

Considerações Bíblicas sobre o Amor - I João 4:7-21


“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.

Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.


Nisto se manifestou o amor de Deus em nós, em haver Deus enviado o seu Filho unigénito ao mundo, para vivermos por meio d’Ele. Nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou, e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.

Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros.

Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado. Nisto conhecemos que permanecemos n’Ele, e Ele em nós, em que nos deu do seu Espírito. E nós temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.

Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus.

E nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que no dia do juízo mantenhamos confiança; pois, segundo Ele é, também nós somos neste mundo.

No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.

Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro.

Se alguém disser: ‘amo a Deus’, e odiar a seu irmão, é mentiroso. Pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.

Ora, temos da parte d’Ele este mandamento: que aquele que ama a Deus, ame também a seu irmão.

Obrigada pelo vosso carinho; eu também vos amo!

sábado, 5 de novembro de 2011

Pecado e Embaraço

“Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta.” Hebreus 12:1

Este é um dos meus versículos favoritos. Lembrei-me de o trazer hoje, porque acho que tem muito a ver com o último tema (Decisões).

Então, vamos dissecar os dois termos que tomam relevância neste texto bíblico – Pecado e Embaraço.
Todos sabemos que pecado é erro (errar o alvo) e que está amplamente identificado na Palavra de Deus.
Já embaraço, é estorvo (atraso no avanço) e materializa-se em tudo o que viola os nossos valores, o que é tropeço para os outros, o que não traz benefícios espirituais e o que nos vicia…
Mas atenção porque, do embaraço para o pecado, vai um passo curto, ou seja, deixando a ignorância e tomando consciência das implicações, se não tomarmos medidas para mudar, já estamos a ser livremente escravizados.

Quando era professora de jovens na EBD, levei a classe a realizar o seguinte exercício.
Sugeri uma corrida, marquei um percurso e escolhi três alunos: um para correr livre, só com a sua roupa; outro com os pés amarrados, um peso em arrasto e as mãos atadas atrás das costas; e o terceiro com um livro na cabeça e uma pedrinha dentro do sapato.
Como era de esperar: o primeiro chegou à meta sem dificuldade; o outro, simplesmente não chegou, tendo-se debatido com desvios e quedas (pecado); e o terceiro chegou muito atrasado, depois de se ter confrontado com diversas dificuldades de equilíbrio (embaraço).

Na prática, pode dizer-se que o pecado não nos permite competir; enquanto que o embaraço nos restringe a agilidade.
Não é à toa que os atletas, além de se exercitarem e terem uma alimentação equilibrada, usam roupa e calçado adequados à mobilidade. Esta é a preparação que se espera dos crentes.

Quer dizer que só se é verdadeiramente crente quando se é perfeito?
“Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prémio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Filipenses 3:12-14

Mesmo sendo crentes, se a nossa natureza é pecaminosa, não é normal pecarmos?
“… Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.” – João 8:34

E o embaraço, por comparação ao pecado, não é relativo?
“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.” – I Coríntios 10:23



Por isso o autor da epístola compara a vida cristã (carreira) a uma corrida e nos diz para deixarmos não só o pecado, mas também o embaraço e corrermos com perseverança até atingirmos o alvo.

sábado, 29 de outubro de 2011

Decisões

Raramente, ou mesmo nunca, perguntamos a nós próprios: “Estou preparado para…?”

Esta introspecção não é feita porque, simplesmente, não pensamos nas consequências dos nossos actos, mas tão somente no querer imediato.
Todos os dias temos de tomar decisões, algumas são rotineiras e de somenos importância, outras, porém, são muito influentes para a nossa vida (e testemunho).
Tanto em assuntos gerais, como nos particulares, incluindo os de natureza espiritual, evitávamos muitos erros se dispensássemos tempo para nos questionarmos quanto ao nosso preparo para a acção.

A pergunta “Estou preparado para…?” passa por:

    * Primeiro que tudo, ter a mente aberta à resposta;
    * Depois, observar todos os factos (motivos, local, tempo, intervenientes, implicações) e verificar se são os certos, sabendo que não é só estar preparado para agir, mas, acima de tudo, para arcar com as consequências;
    * E por fim, não fantasiar a resposta de forma a acomodá-la ao nosso ímpeto. Na verdade, podemos precisar de ser pacientes.

A resposta, para ser eficaz, leva-nos a consciencializar que:

O mais importante é reconhecermos a necessidade da ajuda de Deus -
“Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes censura; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento.” – Tiago 1:5-6

Temos de ser humildes quando pedimos a Deus para nos orientar -
“Assim acharás favor e bom entendimento à vista de Deus e dos homens. Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” – Provérbios 3:4-6

Apesar da Bíblia não trazer anexa uma lista com respostas específicas para todas as nossas dúvidas, ela tem princípios que nos oferecem orientação segura para cada decisão a tomar -
“Lâmpada para os meus pés é a Tua palavra e luz para o meu caminho.” – Salmo 119:105

Não devemos descartar o auxílio de um mentor, reconhecendo os seus conhecimentos, experiência e atributos espirituais -
“Com medidas de prudência farás a guerra, na multidão de conselheiros está a vitória” – Provérbios 24:6

“Estou preparado para…?”

sábado, 22 de outubro de 2011

Misericórdia e Compaixão


Há sentimentos tremendos que, simplesmente ditos pelas palavras que os caracterizam, entram na linguagem não pensada, são confundidos e perdem a essência. Digo isto porque, tenho para mim, que não devemos nem generalizar, nem mecanizar os sentimentos e as atitudes que lhes estão ligadas.


Vejamos se eu consigo explicar o meu pensamento acerca destas duas extraordinárias manifestações  – Misericórdia e Compaixão.

Para já, vamos desmontar as palavras, para melhor desvendar o seu significado:

1. Misericórdia = Miséri (miserável) + Córdia (coração).
    1.1 - Piedade; sentir a miséria (infelicidade e erro) de outrem.
    1.2 - Perdão concedido unicamente por bondade; Graça.

2. Compaixão = Com (junto) + Passio (sofrimento).
    2.1 - Perceber a desdita do outro; Pesar causado pelo mal alheio.
    2.2 - Benevolência.

Parece-vos ser a mesma coisa? Pois a mim não!
Claro que há um entendimento entre estes dois sentimentos, tal como parece haver entre as suas designações, mas não o suficiente para serem sinónimos.

1. Misericórdia – significa literalmente estar em completa sintonia com o estado de alguém. Etimologicamente, é ter o coração na miséria de alguém, é um conhecimento absoluto.
Ora, para mim, só Deus consegue este estado porque:
    a) Ninguém conhece o homem melhor que Deus (Salmo 139:1-16);
    b) Deus não é elitista (João 3:16);
    c) Misericórdia e Graça são aliadas e inseparáveis (Efésios 2:1,8-9).

“Quem, ó Deus, é semelhante a Ti, que perdoas a iniquidade, e Te esqueces da transgressão do restante da Tua herança?
O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia.” – Miquéias 7:18

2. Compaixão – É a capacidade de não ficar indiferente à situação do outro. É um sentimento altruísta que requer atitude, mas que tem retorno em termos de beleza espiritual.
Então, julgo que esta é a parte destinada aos homens:
    a) Amar o próximo (I João 4:20);
    b) Interceder pelos outros (Tiago 5:16);
    c) Corrigir e auxiliar os aflitos (Gálatas 6:1-2).

“Se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.” – Isaías 58.10

Têm algo de semelhante não é?
Eu acho que isso só acontece porque a Compaixão tem o dedo oculto de Deus a trabalhar na vida dos seus servos e só é conseguida na sua máxima expressão, quando nós espelhamos o amor de Deus.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Vida Sem Limites

“Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes por várias provações, sabendo que a aprovação da vossa fé produz a perseverança; e a perseverança tenha a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, não faltando em coisa alguma.” – Tiago 1:2-4

No último dia 3 de Fevereiro, sob o título “Mais que Vencedores”, escrevi aqui acerca do jovem Nick Vujicic.
Hoje volto a falar dele, para dar conta do seu livro, já traduzido para português.

A leitura é fascinante e motivadora; eu fiquei colada ao relato, como se estivesse a viver as experiências do Nick. Ele é uma inspiração para muitos que têm assistido às suas palestras e para mim também.
Aconselho vivamente que leiam este livro repleto de testemunho, coragem, fé e alegria de viver. Enquanto o li, tive um permanente sorriso de afecto e muita comoção.
Agradeço a Deus pela vida deste meu irmão na fé.

Sinto-me muito pequena quando penso nas múltiplas queixas que nós (ditos normais) damos, a forma fácil com que capitulamos perante os nossos obstaculozinhos, as dúvidas mesquinhas, as perguntas sem sentido, o virar de costas, os motivos e as justificações para não agirmos.
Nick, não tem braços, não tem pernas, mas corre o mundo a motivar os outros e a falar de Cristo. Oh Deus, como ele tem uma vida abundante…!

Alegra-me que a venda do livro não esteja confinada às livrarias evangélicas, porque chega a muito mais gente e pode despertar mais almas para Deus.
Lamento que na tradução apareçam os termos “missa” e “rezar”, por não corresponderem à nossa terminologia, mas isso é secundário; o essencial é o testemunho!



Título: Vida Sem Limites

Autor: Nick Vujicic

Editora: Leya

Venda: Grandes superfícies e livrarias






Não resisto a dar uma novidade que muito me alegrou:
A 1 de Agosto deste ano, Nick anunciou o seu noivado com Kanae, tendo declarado publicamente: “Esta é a maior bênção que já recebi, após a vida, a salvação e o meu relacionamento com Deus. Agradeço a todos o vosso amor, apoio e orações!”



Ficam aqui dois pequenos vídeos sobre a vida e a obra de Nicholas James Vujicic.  Espero que despertem a vossa atenção para o livro.



sábado, 8 de outubro de 2011

A Comunicação da Palavra

Eu gosto de observar a actividade da igreja primitiva. Ela é uma verdadeira fonte de ensino para o ministério da igreja actual .
Em Actos 8:26-40 temos um relato fantástico e muitas dicas sobre a comunicação da Palavra de Deus.

Nesse tempo os crentes helenistas foram alvo de perseguição e, após o assassinato de Estêvão, à excepção dos apóstolos (que se mantiveram em Jerusalém), todos foram dispersos pela Judéia e Samaria, para evitar serem martirizados (8:1).
Entretanto, iam anunciando a Palavra.

Um desses crentes era Filipe, conhecido como o Evangelista, natural da Cesaréia e pai de 4 filhas (21:8-9); ele era bem conceituado na comunidade por isso tinha sido um dos escolhidos para dar apoio à obra social da igreja (6:1-6).
Ora, Filipe andava a anunciar o Evangelho e a operar maravilhas em Samaria (8:5-8), quando recebeu uma estranha ordem de Deus (v.26), para que se deslocasse a um local deserto (provavelmente uma cidade destruída e abandonada).

Eu acredito que Filipe pode ter pensado que Deus estava louco. Para quê um evangelista, um missionário, ou um pastor, ir para um lugar deserto?
Não obstante, ele obedeceu!

Ao chegar aquele lugar, onde supostamente não havia ninguém, Filipe encontrou um etíope (v.27), eunuco, instruído, que era superintendente do tesouro de Candace, rainha da Etiópia.
Esse homem vinha de Jerusalém, onde tinha ido adorar a Deus e, de regresso, lia o livro do profeta Isaías (v.28), mas não entendia o texto; ele tinha dúvidas que queria ver respondidas (v.31).

Então, vamos tentar perceber o que se passou.



Para haver Informação, é essencial a existência do Emissor (Deus/Escrituras) e do Receptor (eunuco).




Mas, quando a mensagem não é entendida, há necessidade de reforçar os níveis de Comunicação, para clarificar a intenção do emissor (é aqui que entra Filipe):

Código Linguístico – (v.28-31)
Como havia o costume de se ler em voz alta, foi fácil Filipe saber qual era a leitura que o eunuco fazia (v.32-33), ou seja, lia Isaías (53:7-8). Filipe e o eunuco falaram e entenderam-se.

Significado das Palavras – (v.34-35)
O etíope adorava a Deus, mas não conhecia o poder da salvação. E, aquela leitura, é incompreensível a quem não conhece Cristo. Filipe explicou a passagem profética e, dessa forma, apresentou Cristo ao eunuco.

Aplicação – (v.36-38)
O etíope entendeu a mensagem, aceitou a salvação e, revelando um sentido prático, quis dar prova da sua decisão e pediu para ser baptizado.

Resultado – (v.39)
O eunuco transformou-se num homem feliz. Ele tinha encontrado a vida eterna e, ao voltar à corte da rainha Candace, levava com ele as Boas Novas.

A mensagem alcançou o seu objectivo:
• Muitas vezes não entendemos os desígnios de Deus, mas quando obedecemos, produzimos fruto e recebemos bênção.
• Para Deus, todos somos importantes; logo, independentemente das diferenças ou do local, devemos proporcionar aos outros o conhecimento da Palavra de Deus.
• Após o entendimento dos propósitos de Deus, a decisão pela salvação é pessoal.

“Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho.” – Salmos 32:8

sábado, 1 de outubro de 2011

Tudo Quanto Tem Fôlego Louve ao Senhor!




Do princípio ao fim da Bíblia, encontramos várias referências à música, tanto na expressão instrumental como cantada.




Em Génesis (4:21), descobrimos Jubal, o pai dos tocadores de harpa e flauta; e no Apocalipse (14:3), João conta da visão em que o Cordeiro e os seus remidos cantam sobre o monte de Sião.

Lá pelo meio temos:
Deus a mandar Moisés escrever um cântico e ensiná-lo ao povo (Deuteronómio 31:19,22);
Os servos de Saul a aconselhá-lo a procurar alguém que tocasse harpa para que se acalmasse (I Samuel 16:16,17,23);
Os Levitas a tocar instrumentos e a cantar para louvar ao Senhor (II Crónicas 5:12-13);
David, o grande músico do Velho Testamento, que não só tocava instrumentos, como escrevia maravilhosas letras (pelo menos 73 dos Salmos são da sua autoria);
Salomão (Provérbios 25:20) a falar acerca da acção das canções para um coração aflito;
Jesus e os discípulos a cantarem um hino, após a ceia (Mateus 26:30);
Paulo e Silas na prisão (Actos 16:25) a cantarem hinos;
O apóstolo Paulo a recomendar às igrejas (Efésios 5:18-19 / Colossenses 3:16) que louvassem a Deus cantando.

E, ainda, os cânticos de:
Moisés (Êxodo 15:1-18 e Deuteronómio 32:1-43); Miriã (Êxodo 15:21); Débora (Juízes 5:2-32); Ana (I Samuel 2:1-10); David (II Samuel 22:2-51); diversos (Salmos); Salomão (Eclesiastes, Cantares); Isaías (Isaías 12:1-6, 25:1-26:21, 42:10-25); Ezequias (Isaías 38:10-20); O Servo (Isaías 42:1-4, 49:1-6, 50:4-9, 52:13-53:12); Maria (Lucas 1:46-55); Zacarias (Lucas 1:68-79); Simeão (Lucas 2:29-32).

Na verdade a música ocupa um espaço especial no coração de Deus.
Hoje é o Dia Mundial da Música por isso,

“Cantai-Lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo.”
Salmos 33:3

sábado, 24 de setembro de 2011

Comunidade Linguística

Muito se tem falado do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Para mim, há coisas com que concordo e outras que nem por isso, enfim, também não é coisa que me apeteça muito… provavelmente, continuarei a escrever como aprendi. Não sei!

De qualquer forma, quando pensei neste tema, não queria discutir, nem divagar, sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, mas sim sobre o Acordo da Linguagem Divina. Ou seja, aquele que é eterno e imutável, que faz parte da aliança de Deus com o seu povo, seja qual for o país onde vive ou a língua que fala.

Então, podemos ficar descansados porque as alterações feitas à ortografia do português não interferem no espírito da Palavra de Deus!

O mesmo não digo acerca das imensas versões da Bíblia Sagrada que, em alguns casos, até retiram sentido, desvirtuam e alteram o texto bíblico.
Dos 7238 idiomas que existem, pouco mais de 390 têm a Bíblia traduzida na íntegra e mais de 4200 não possuem sequer um versículo da Palavra de Deus. Não obstante, só entre os evangélicos há, além das tradicionais (corrigida e actualizada), as mais diversas versões (linguagem de hoje, português corrente, revista, contemporânea, etc.), o que, inclusivamente, propicia o desvio ao conteúdo, já que se tornou “moderno” analisar as diferentes versões e discutir o vocábulo que “soa” melhor em vez de se estudar o texto e a sua aplicação.

Pergaminhos do Mar Morto, com cerca de 2000 anos
Então, só a título de exemplo, vamos observar alguns itens do

Acordo da Linguagem Divina

Apocalipse 1:8 – “Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.”

II Timóteo 3:16 – “Toda a Escritura é divinamente inspirada por Deus, e útil para o ensino, para repreensão, para correcção, para a educação na justiça.”

Provérbios 30:5-6 – “Toda a Palavra de Deus é pura; Ele é escudo para os que n’Ele confiam. Nada acrescentes às Suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.”

Mateus 5:18 – “Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um iota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo se cumpra.”

Mateus 5:37 – “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; Não, não. O que disto passar, vem do maligno.”

Salmo 119:160 – “As Tuas palavras são em tudo verdade desde o princípio, e cada um dos Teus justos juízos dura para sempre.”

Salmo 34:13 – “Refreia a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem dolosamente.”

Tito 2:7-8 – “Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras; no ensino, mostra integridade, reverência, linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja envergonhado não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito.”

Mateus 6:7 – “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.”

Isaías 40:7-8 – “Seca-se a erva, e caem as flores, soprando nelas o hálito do Senhor. Na verdade o povo é erva; seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente.”
 
Manuscrito Bíblico, com mais de 1.600 anos
“Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.” – Provérbios 3:5

domingo, 18 de setembro de 2011

As Lições do Feijão

Há histórias que se repetem e, vá lá saber-se porquê, ainda assim, deixam-nos sempre expectantes e encantados.
Com os meus filhos, com os alunos da Escola Bíblica Dominical ou dos acampamentos e, agora, com os meus netos, o feijão tem sido um bom aliado.



Tudo começa com os tradicionais copos de plástico, um pouco de algodão humedecido e, obviamente, o feijão, desempenhando o seu papel de semente.



Na verdade, a semente é um grão seco, sem vida, cujo principal objectivo é renascer. Por isso, o melhor que se lhe pode fazer é sepultá-la.




Assim é com o homem, para que se dê o NOVO NASCIMENTO.
O apóstolo Paulo diz em Efésios 2:1 – “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados...” ou seja, só através de Cristo, nosso fundamento, podemos renascer.




Assim se inicia a germinação. E, para que corra bem, é essencial a contribuição de factores próprios da semente e de factores do meio ambiente.
Depois, é só ficar atento, para ver o feijão/semente a desenvolver-se.





Digamos que esta é a INFÂNCIA ESPIRITUAL, quando o homem necessita de potenciar factores pessoais (vontade, transformação e amadurecimento) como vemos em II Coríntios 5:17 – “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” e, também, ter agentes envolventes de ajuda (tempo, relacionamento e oração prestados pela igreja) conforme conselho de Paulo em I Tessalonicenses 5:11 – “Exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros…”
 
 
Depois, já temos um feijoeiro e é bom vê-lo crescer, mas o copo torna-se pequeno e o algodão insuficiente para o suster e alimentar. É tempo de lhe oferecer condições apropriadas ao crescimento.



O normal e desejável, é que os ADULTOS EM CRISTO sintam necessidade espiritual de mudança alimentar e de desenvolvimento. Paulo, de si próprio disse em I Coríntios 13:11 – “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.”

Entretanto, ao que tudo indica, o feijoeiro fica bem instalado e bem alimentado. Mas…
Desta vez tirei uma nova lição. Um dos pés de feijão da neta tinha um crescimento lento e, certo dia, reparei que estava a vergar-se, sem força. Então, coloquei um pauzinho para o amparar.


No percurso da vida espiritual, há CRENTES QUE ADOECEM. Na verdade, nem todos temos o mesmo crescimento e, até mesmo os aparentemente mais fortes, podem enfraquecer na fé e questionar os princípios.
Muitas vezes isso acontece porque nos achamos auto-suficientes e descuidamos o aviso de I Coríntios 10:12 – “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia.”; mas também, devido à atitude dos outros crentes, como diz em Romanos 14: 10 – “Tu, porque julgas a teu irmão? E tu, porque desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus.”

Porém, o importante é que haja restauração. É necessário receber cura divina e, nessa altura, é muito importante o cuidado dos irmãos. Diz em Romanos 14:1 – “Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, mas não para condenar-lhe os escrúpulos.”

Ora, o nosso pé de feijão conseguiu vingar e, dias mais tarde, até já estava à altura dos outros!

domingo, 11 de setembro de 2011

11 de Setembro

Há episódios que ficam de tal forma impressos na história e nas vidas que, quando se fala da data, logo a nossa memória voa para o acontecimento, como se anteriormente o dia não estivesse calendarizado e não continue a repetir-se todos os anos.
Depois, a televisão tem esta facilidade de nos mostrar os acontecimentos em simultâneo com o momento, dando-nos a sensação de presença física.

Nunca antes tinha visto uma coisa assim e, por ignorância ou por ingenuidade, no imediato, não me passou pela cabeça que estava a assistir, em directo, a uma devastadora acção da maldade do homem.
Por isso, quanto ao primeiro avião, pensei ter existido um inesperado e incontrolável erro humano ou técnico e, quando vi a segunda torre a ser invadida pelo segundo avião, suspeitei que isso acontecera devido à falta de visibilidade provocada pelo fumo que se propagava no ar.
As imagens e notícias seguintes foram tremendas e sufocantes. Um verdadeiro horror que ainda hoje me agonia! Para mim, se é possível haver imagens piores que outras, são as dos corpos abandonados no ar, de pessoas que se evadiram pelas janelas para “fugirem” ao sofrimento e à morte ou por, irracionalmente, não aguentarem o pânico.

Dez anos depois, não há como esquecer!

O 11 de Setembro de 2001 foi a primeira data marcante do século XXI. Em tese, o atentado tomou o rótulo de Fundamentalismo Religioso. Mas é mentira, aquilo foi terrorismo!
Fundamentalistas são os crentes no Deus Altíssimo, quando obedecem aos princípios da Sua Palavra. E nela, podemos constatar que serão:

“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.” – Mateus 5: 9

Nós sabemos que esta bem-aventurança não contém uma promessa para os que são pacíficos nem para os que desejam a paz, mas para os fundamentalistas, os que a fomentam. Pacificadores, são aqueles que estão em paz com Deus e se esforçam por promover a paz entre os homens. São esses que têm a felicidade de ser identificados com o Pai e recebem a honra de ser chamados de seus filhos.
Os fundamentalistas andam em novidade de vida e produzem o fruto do Espírito.


“Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito
contra a carne; e estes opõem-se um ao outro,
para que não façais o que quereis.
Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.
Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Contra estas coisas não há lei.
E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito. Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.” – Gálatas 5: 17-26

Shalom!

domingo, 4 de setembro de 2011

Cantai ao Senhor

Actualmente, a um determinado período do culto dedicado ao canto, chama-se “tempo de louvor” e às pessoas que assumem a direcção dos cânticos “grupo de louvor”.
Para mim está bem assim, desde que se entenda que faz parte do todo; porque, louvor deve ser uma atitude presente durante todo o acto de culto e não exclusiva ao canto.

Então, genericamente:

Quem deve cantar? – Crentes
“Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz… Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração.” - Efésios 5: 8, 19

Onde e Quando? – Perante Deus e em todo o tempo, circunstância e lugar
“Servi ao Senhor com alegria; e entrai diante d’Ele com canto.” - Salmo 100: 2
“Cantai ao Senhor um cântico novo, e o seu louvor desde a extremidade da terra, vós, os que navegais pelo mar, e tudo quanto há nele, vós ilhas, e os vossos habitantes.” - Isaías 42:10

Como? – Com inteligência e reverência
“Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.” - Coríntios 14: 15

Quando ainda não havia esta moda, que não descarto, os hinos eram dirigidos pelos pastores. Parecia-me bem!
Quem cantava a solo ou em grupo tinha o cuidado de se preparar com tempo, de modo a dar o melhor para Deus e vivificar a igreja. Excelentes momentos!
Já nos tempos bíblicos, os levitas pertenciam a uma tribo separada e capacitada com a missão de servir na Casa do Senhor, ou seja, tudo o que faziam, incluindo a música e o canto, tinha de ser agradável a Deus. Todo o culto era louvor!

“E disse David aos chefes dos levitas que constituíssem, de seus irmãos, cantores, para que com instrumentos musicais, com alaúdes, harpas e címbalos, se fizessem ouvir, levantando a voz com alegria.
E Quenanias, chefe dos levitas, tinha o encargo de dirigir o canto; ensinava-os a entoá-lo, porque era entendido.”
I Crónicas 15: 16,22


Logo, o dito “Grupo de Louvor”, que se pretende dirija a congregação nos cânticos, deve observar cuidados especiais e não assumir um papel de vedetismo. Porque, alguns, ou não estão capacitados, ou perdem a visão do objectivo e, com ou sem dom, em detrimento da humildade, valorizam o protagonismo e o espectáculo.

* O ministério da música deve ser efectuado para Deus por isso, os executantes devem ter dom, treinar e ser adoradores.
* A escolha dos cânticos merece toda a atenção. O responsável deve planear os cânticos de acordo com o tema da reunião ou da mensagem; conhecer bem os hinos; não repetir os cânticos amiúde; ensaiar devidamente com os instrumentistas, os cantores e os orientadores do som e da projecção (se existir); ter cuidado para não usar letras sem fundamento teológico, nem repetitivas.
* O dirigente deve ser uma pessoa segundo o coração de Deus, mantendo características agradáveis, como: ser simpático; estar apresentável; não sobressair, nem se abstrair, da assistência (dirigir, não é cantar a solo); não exibir uma espiritualidade estudada; não retirar tempo à mensagem; não falar desnecessariamente (os hinos falam por si).

Que todos possamos usufruir de belos momentos de louvor cantando ao Senhor!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Passatempos Bíblicos

Tendo em conta o tempo de férias, preparei alguns passatempos para quem visita o meu blog. Espero que gostem tanto de resolver os problemas como eu gostei de os preparar. Divirtam-se!


Quem é Quem? - Colocar a letra do nome na frase correspondente


Soluções: A- Dn. 1:7; B- Mc. 10:46,52; C- Gn. 4:8; D- At. 9:36;
E- Gn. 25:33-34; F- Rm. 16:1; G- Jz. 7:7; H- Gn. 16:15; I- Gn. 16:16;
J- 1ª Sm. 20:17; L- At. 16:14; M- Jo. 18:10; N- Rt. 1:15-16;
O- Cl. 4:7-9; P- At. 18:2-3; Q- 1ª Sm. 9:1-2; R- Js. 6:25; S- At. 16:25;
T- At. 16:1; U- 2ª Sm. 11:14-15; V- Et. 1:9; Z- Lc. 19:2-3


Sopa de Letras - Procurar o nome dos 12 discípulos, em todos os sentidos, excepto na diagonal


Soluções: Mt. 10:2-4
                                        


Escolha Múltipla – Riscar as respostas erradas


Soluções: 1- 2ª Sm. 18:10; 2- Jz. 5:7; 3- 1ª Sm. 17:40; 4- Cl. 4:14;
5- Ap. 2:10; 6-1ª Rs. 17:4; 7- Lc.10:3035; 8- 2ª Tm. 1:5; 9- Gn. 2:17;
10- 2ª Pd. 3:8


“Felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!”
Lucas 11:28

Boas Férias!

sábado, 20 de agosto de 2011

Vamos Pescar?

Pela narração de Lucas 5: 1-11 podemos perceber que, depois de uma noite de faina sem êxito, os pescadores estavam desanimados.

Ver nota final

Entretanto, na praia, uma multidão entusiasmada com o discurso inovador que Jesus tinha acerca de Deus tinha-O seguido e competia por um lugar em que pudessem ouvi-Lo melhor. Foi então que Jesus viu os barcos no areal e os pescadores à beira-mar a lavar as redes.

Logo, entrando no barco de Pedro, pediu-lhe que o afastasse da praia e, ali sentado, todos puderam ouvir claramente a sua voz e usufruir dos seus ensinos.

Quando acabou de falar e sabendo que naquela noite os homens não tinham conseguido os seus objectivos de pesca, mandou Pedro fazer-se ao largo e lançar as redes. A ordem era despropositada, ninguém pescava àquela hora, mas Pedro acabou por obedecer.
Repentinamente, vindo de todos os lados, apareceu uma enorme quantidade de peixes ansiosos por ser apanhados. As redes não aguentando o peso, começaram a romper, mas os peixes não paravam de chegar. Pedro e André resolveram chamar os sócios, Tiago e João, para que fossem ajudá-los. E os dois barcos ficaram cheios, quase se afundando com o peso.

Todos ficaram maravilhados! 
Pedro, porém, reconhecendo a sua pequenez perante o poder de Jesus, ajoelhou-se e declarou-se indigno de, sequer, estar na presença do Mestre.
Mas a meta de Jesus era muito mais do que fazer aquele milagre e, imediatamente, os compeliu ao compromisso de passarem a “pescar” homens.
E, chegados à praia, deixaram barcos, peixe, pertences e seguiram o Mestre.
Mar da Galiléia
Um pescador conhece as luas, as marés, os ventos; conhece os peixes e os ritmos de deslocação; sabe que nem todas as horas são boas para pescar; sabe como e para onde deve lançar as redes. Nós também conhecemos as nossas possibilidades e sabemos como devemos agir, como evangelizar, como servir ao Senhor. Esse é o grande problema porque, na maioria das vezes, decidimos avançar sozinhos, sem consultar o Mestre.

Sim, eu sei que quando deixamos Jesus se intrometer na nossa vida, é bem possível recebermos uma ordem esquisita ou uma informação meio sem sentido.
É que às vezes Ele quer arrancar-nos dos nossos conhecimentos e das nossas rotinas. Porém, antes de obedecer, argumentamos com as nossas razões e paixões, quando só precisamos de confiar: “Sob a Tua palavra, eu faço!”

Hoje em dia há um incontável número de pessoas à procura de religiões e correntes filosóficas, para dar resposta aos seus anseios. Pessoas que precisam de ouvir a verdade. É para isso que Jesus quer usar-nos.
Ele não apela às nossas emoções, nem à nossa imaginação; Ele dá-nos directrizes e apela à nossa obediência e acção. Por isso, deixemos tudo…

“E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” – Mateus 4: 19

Vamos pescar?!


Nota: Barco usado no mar da Galiléia no tempo de Jesus.
Foi encontrado na costa do mar da Galiléia em 1986, após a grande seca, quando o nível da água desceu muito. Depois de analisado por peritos e feitos testes de carbono-14, foi confirmado que a construção do barco está calculada entre 100 a.C. e 70

sábado, 13 de agosto de 2011

Felicidade vs Paz


A menos de cinco minutos da minha casa situa-se a Igreja Matriz de Loures.

Fora do movimento urbano, todo o espaço envolvente é muito tranquilo.



Para mim é um lugar privilegiado que frequento, quase diariamente, ao fim da tarde, ou a qualquer hora aos fins-de-semana e feriados.

Ali, os meus netos e a cadelita brincam livremente, fazemos descobertas, apanhamos flores silvestres e visitamos o riacho.
E, quando as crianças não estão, posso sentar-me a ler, ou simplesmente a pensar, sem contar o tempo.


"Casa do Adro"
Depart. de Cultura da C. Municipal
 

O barulho do silêncio, o ar fresco e as cores limpas da natureza… tornam esse local fantástico para curtir a minha solidão, nem calculam quanto!





Hortas
 
Há uns dois anos, numa manhã muito serena, estava eu entregue à leitura (exactamente nesse banco) quando fui interrompida por um inesperado: “Bom dia!”

Levantei os olhos, respondi e regressei à leitura.



Era um homem que, posteriormente, me disse ter oitenta e tal anos (não recordo bem quantos). Alto, muito bem vestido, com um porte distinto e bem parecido.

Após um breve silêncio, disse:
- Já viu isto minha senhora? Monumentos ricos, muitas palavras, mas nós continuamos a ser infelizes.

Percebi que se referia à igreja.

- Eu sou do Norte, raramente venho cá a baixo a casa duns familiares, mas desde que a minha mulher morreu gosto de andar por aí sozinho. Trabalhei desde muito novo, consegui ter a minha própria empresa. Não me falta nada, tenho dinheiro, fui sempre um homem honesto, mas sinceramente vivo insatisfeito, não sou feliz.

- Pois é, mas quem disse que a felicidade está nos edifícios ou nas palavras?

- A senhora é feliz?

- Não!

Ele sorriu como se já soubesse o que eu ia responder.
- Está a ver?!

Sem quase lhe dar tempo a respirar, respondi:
- Mas eu tenho paz!

- Como minha senhora, qual paz? Eu só vejo guerra por todo o lado, no mundo, nas famílias, nas religiões…, não se pode confiar em ninguém.

- Não estamos a falar da mesma coisa. Eu refiro-me à paz interior que tenho comigo e com Deus. É uma paz que ultrapassa todos os cenários bélicos da vida. Por isso, há muitas contrariedades que não me deixam ser feliz, mas ainda assim, eu tenho paz. Posso dar-lhe uma perspectiva bíblica sobre a paz que eu sinto?

E sem esperar o consentimento:
- Cristo quando estava prestes a deixar o mundo disse aos discípulos – e citei João 14:27 – «Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.» Ora, isto serve para os nossos dias. Esta é a minha paz, não a do mundo, mas a que Deus oferece.

- E se eu não acreditar em Deus?

- Bom, se o senhor não acredita, a sua visão sobre Paz e Vida são muito redutoras; não tem perspectiva.

- É capaz de ter razão.

- Acredite, eu e todos os que entregam a sua vida aos desígnios de Deus, sentimos esta paz. Então, podem vir tempestades porque estamos seguros.

Depois olhou o relógio:
- Oh minha senhora, fez-me bem falar consigo este bocadinho. Gostei do que disse.
Agora, tenho de ir porque me esperam para almoçar e não quero que se preocupem.

- Sim senhor, passe bem e lá na sua terra procure alguém que conheça Deus e o possa ajudar, porque Ele faz toda a diferença na nossa vida e no nosso pensamento.

- A senhora é católica?

- Não, sou evangélica.

- Quem sabe um dia voltamos a ver-nos. Tenha um bom dia.

Esta é a substância dum diálogo inesperado, numa agradável e tranquila manhã.
Não tive à-vontade para pedir o contacto do senhor, mas espero ter desorganizado o seu esquema de valores e que isso o tenha levado a procurar Deus.
Nunca mais o vi.

Normalmente as pessoas procuram a felicidade porque a relacionam com coisas palpáveis que nunca nos satisfazem, mesmo quando, humanamente, já se tem tudo. Porque, a felicidade é relativa e não tem a mesma dimensão para todos.
Porém, a paz com Deus, apaga toda a angústia e dá tranquilidade ao que crê.

“Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.” – Romanos 5:1

Shalom!

domingo, 7 de agosto de 2011

As Orações de Jesus

“Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava”
Lucas 5: 16

Um dos aspectos da vida de Jesus que mais excita a minha imaginação é o facto d’Ele ter orado. Ninguém mais que Jesus pode ter conseguido uma comunhão perfeita com o Pai e, no entanto, Ele demonstrou, sempre, uma total dependência.
Não é verdade que esta dicotomia parece estranha?
Mas creio que Jesus apesar da sua associação ao Pai, vivendo na carne, tinha uma necessidade absoluta de fortalecer a intimidade com a sua essência e criar defesas para a sua condição humana. O Pai conhecia o coração e o pensamento do Filho, mas expressá-los libertava os desejos e os fardos de Jesus que demonstrou sempre uma absoluta submissão ao Pai.

Temos tudo a aprender com o Mestre: conexão, comunhão, dependência e submissão.
Então, vamos ao encontro de Jesus para, numa breve análise, tomarmos parte das condições e desvendar alguns objectivos das orações relatadas na Palavra de Deus:

Junto ao rio Jordão, perante uma multidão, aquando do seu baptismo – Lucas 3:21

Em lugar deserto, durante a madrugada – Marcos 1:35

Num lugar solitário, fugindo à multidão, após ter realizado milagres – Lucas 5:16

No monte, durante toda a noite, preparando-se para escolher os discípulos – Lucas 6:12

Durante o sermão da montanha, quando ensinou os discípulos a orar (oração modelo) – Mateus 6:9-13

Em gratidão ao Pai por revelar as verdades eternas aos simples – Mateus 11:25-26

No monte, junto ao mar, dando graças antes de alimentar a multidão (multiplicação dos pães e dos peixes) – João 6:11

No cimo do monte, a sós, desde que caiu a tarde até de madrugada – Mateus 14:23

Junto aos discípulos, mas em particular – Lucas 9:18

No monte, com Pedro, Tiago e João, quando ocorreu a transfiguração – Lucas 9:28-29

Perante a multidão, pediu ao Pai para abençoar as crianças – Mateus 19:13-14

Em lugar de sepultamento, publicamente, antecedendo a ressurreição de Lázaro – João 11:41-42

Junto da multidão que ia adorar no templo em Jerusalém, glorificou o Pai pelo seu desígnio – João 12:27-28

À tarde, numa casa da cidade, junto com os discípulos, durante a última ceia – Mateus: 26:26-27

Após a ceia, ao avisar Pedro sobre as ciladas de Satanás, rogou pela sua fé – Lucas 22:32

Com os discípulos, depois de os instruir e confortar acerca da sua morte, intercedeu por si, por eles e pelos futuros crentes (oração sacerdotal) – João 17

No Jardim do Getsêmani, deixou os discípulos e, a sós, entregou-se à vontade do Pai – Mateus 26:39,42,44

No lugar do Gólgota, de manhã, pregado na cruz, pediu perdão para os que o martirizavam – Lucas 23:34

Ao fim da tarde, crucificado e em agonia, questionou a ruptura com o Pai – Mateus 27:46

Pudemos ver Jesus nas mais diferentes circunstâncias, horas e locais, a orar por si próprio e pelos outros. Haverão muitas mais vezes que não estão registadas.
Destas passagens, ressalta que Ele sempre clamou pelo Pai, privilegiou a oração a sós e aceitou a vontade do Altíssimo independentemente do resultado.

Eu estou muito grata a Jesus por se ter lembrado de mim naquela sublime oração sacerdotal!

“Perseverai em oração, velando nela com acção de graças.”
Colossenses 4:2

sábado, 30 de julho de 2011

Amigos


Todos nós temos pelo menos um amigo, digo eu…
Mas não devemos confundir com aquele uso dilatado da palavra que, por falta de outro termo que o defina, nos leva a dar a mesma
terminologia a todas as pessoas com quem nos relacionamos.

Não! Amigo, é amigo, é um sentimento especial.

Salomão disse uma coisa linda:
"Em todo o tempo ama o amigo e na angústia se faz o irmão." Provérbios 17: 17

Isso mesmo, esta é uma profunda e sábia definição da amizade.

Na Palavra de Deus encontramos diversos exemplos de amizades especiais, tais como: David e Jônatas; Rute e Noemi; Josué e Calebe; Elias e Eliseu; Daniel, Ananais, Misael e Azarias; Paulo, Priscila e Áquila; Filipe e Natanael; Jesus e João.
E, depois, temos a excelência da amizade entre Deus e Abraão e, também, entre Deus e Moisés.

Amigos!

Lembrar ou reencontrar amigos permite-me sempre ter momentos mágicos.
Há teóricos que dizem que a amizade deve dar tudo e não olhar ao que recebe, mas eu quero dar e receber e que nesta troca haja merecimento e reconhecimento. Quero sentir prazer na partilha.

Claro que as vicissitudes da vida se encarregam de nos afastar no espaço, mas para a amizade não há tempo nem distância; talvez por isso, tenho amigos que duram há mais de 50 anos. São pessoas com quem tenho história, de quem sinto saudades e de quem gosto de gostar!
Quem me dera poder ver a cada um mais vezes e conversar muito, rir, emocionar-me e não ter pressa. Quando acontece é uma alegria imensa; quando não, fico pela vontade.

Em homenagem a todos os amigos que estão selados no meu coração, vou referir-me a uma amizade que, se pensada, consideraria improvável…, mas aconteceu!

Improvável, porque a Viviana era um tantinho mais velha que eu e porque só a via quando ela ia de visita à igreja onde o então noivo (Pr. Jorge Leal) ministrava, mas a verdade é que nasceu entre nós (incluíndo o pastor) uma amizade que já leva 46 anos e confesso, a empatia foi muito rápida e a relação favorecida pelo facto de terem casado pouco tempo depois e ficado a viver perto da igreja e da minha casa.

Depois, quando ela ficou grávida, a partilha foi imensa. Eu vivi meses de uma inexprimível felicidade. Caramba, como aquele bebé foi desejado e amado!
E não é que me convidaram para madrinha?

Até hoje sinto essa vaidade. Eu era uma miúda, ainda estudava, não tinha nada para dar… só amor.
A cada dia o laço da nossa afeição era maior. E, enquanto cuidávamos do menino, ficávamos horas a conversar, por vezes com lágrimas e muitas a rir (nós riamos muito), à mistura com chá e torradas.

Mas, passados alguns anos, veio o tal afastamento que a vida nos impõe e... fomos estando por aí, preservando o bom sabor da amizade, com a sensação de que amanhã ou depois nos vamos ver outra vez, mesmo que passem não sei quantos anos.




A Viviana continua a ser especial para mim, porque há amizades que se tornam verdadeiros casos de irmãos.





E agora, estou com uma lágrima no canto do olho, vou terminar com palavras do Mestre da amizade:

“O meu mandamento é este, que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua própria vida em favor dos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fazeis o que
Eu vos mando.” – João 15: 12-14