"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


sábado, 22 de fevereiro de 2014

Quando a Resposta é “Não!”

Quantas vezes já dissemos “Não!” a um pedido e/ou teimosia de alguém?

A psicologia ensina que na educação das crianças o “não” é imprescindível. Certamente que, quando essa palavrinha mágica é dita na altura e na forma certas, ao chegar a juventude e a vida adulta, temos cidadãos mais respeitadores e responsáveis.
Mas nós não gostamos de ouvir o “não”!

Assim é na nossa reacção com Deus porque esquecemos que Ele só responde “Não!” quando pedimos mal. E, quando crescemos (amadurecemos), percebemos que o “não” foi a melhor resposta e que a oração não foi inútil.

“Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.” – Tiago 4:3

Quase todos já alguma vez ouvimos contar a história Amy Carmichael (Irlanda do Norte 1867-1951 Índia), uma criança muito bonita, nascida num lar de cristãos evangélicos, que foi educada a confiar a sua vida a Deus.

Apesar de ter uma infância feliz, Amy tinha um senão; os seus olhos eram castanhos e ela queria muito tê-los azuis como os dos pais e dos irmãos.
Um dia perguntou à mãe se Deus respondia sempre às orações e ficou feliz ao ter uma resposta positiva. Então, quando foi para a cama, orou com muita convicção, para que Deus mudasse a cor dos seus olhos e de manhã, logo que acordou, foi a correr para o espelho, mas os olhos continuavam castanhos.
Amy ficou muito triste, chorou e questionou o porquê de Deus não lhe ter respondido… e durante muito tempo continuou a orar nesse sentido.

Passados muitos anos, Amy sentiu o desejo de ser missionária e, embora inicialmente tivesse ido para o Japão, o seu coração chamou-a para a Índia.

Ali, teve oportunidade de comprar e salvar mais de mil meninas que eram vendidas pelas famílias pobres no templo, para serem entregues à prostituição. Porém, a única forma de poder entrar nos locais de venda das crianças nos templos, sem ser reconhecida como estrangeira, era disfarçar-se de indiana por isso, punha pó de café na pele e vestia sári.

Certo dia uma missionária sua amiga olhou para ela e disse: “Já viste que se tivesses olhos claros como a tua família, mesmo disfarçada, não passavas despercebida?
Foi aí que Amy entendeu porque Deus lhe dera olhos castanhos e, também, que afinal lhe tinha respondido às orações de infância. Deus tinha dito: “Não!”


Graças aos seus olhos escuros, Amy pôde falar de Cristo e salvar muitas meninas indianas da escravatura e da prostituição, ainda que não servisse o seu conceito de beleza.
Deus ouve todas as orações, mas a resposta pode não ser de acordo com as nossas expectativas porque Ele sabe o que é melhor para nós.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Vamos Falar de Amor e Escolha...


Eu opto pela escolha livre e o amor verdadeiro. Afinal, não está provado que os relacionamentos impostos sejam mais estáveis, nem mais felizes, nem mais duradouros.
Gosto de acreditar que temos bons conselheiros, mas não que isso implique falta de liberdade e responsabilidade de escolha por parte dos interessados.



Bom mesmo é não esquecer de observar a vontade de Deus e ter um lugar cativo no relacionamento para ser ocupado por Ele!
Eis alguns bons exemplos de escolha e amor:

- Começo por Adão e Eva, o primeiro casal da história. O que podemos dizer é que eles eram os únicos em todos os sentidos e tinham tudo para se amar.
Este foi o casal precursor do relacionamento romântico. Realmente Deus fez Eva para o Adão e, já com uma visão do futuro da humanidade, declarou:
“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” – Génesis 2:24

- Protagonistas de uma bela história de amor foram Isaque e Rebeca. Foi Deus que escolheu Rebeca para Isaque, mas, não há dúvidas de que ele não só a amou como foi um marido fiel por toda a vida.
O mais curioso é que, quando o servo de Abraão foi buscar uma mulher para Isaque, apesar da família dela estar a retardar a sua entrega, Rebeca foi muito clara e livre na sua decisão:
“E chamaram Rebeca e disseram-lhe: Irás tu com este varão?
Ela respondeu: Irei!” – Génesis 24:58

- Depois temos Jacó e Raquel, um amor impar, digno de romance.
Quando Jacó visitou Labão para, por sugestão de seu pai, arranjar uma companheira, estava longe de ir encontrar o grande amor da sua vida, mas ao ver a linda Raquel ficou irremediavelmente apaixonado. De tal modo que trabalhou para a merecer e, enganado pelo sogro, ainda dobrou o serviço por ela. Isso era amor!

“Assim, serviu Jacó sete anos por Raquel, e foram aos
seus olhos como poucos dias, pelo muito
que a amava.” – Génesis 29:20

- A história de Boaz e Rute é uma das mais bonitas da Bíblia.
Rute quando ficou viúva, decidiu não abandonar a sogra e foi com ela para Judá. Tudo indica que ela se tinha convertido ao Deus verdadeiro e estava na Sua dependência.
Em Judá, começou a trabalhar na apanha de espigas e Boaz, o rico proprietário das terras, reparou nela e, indagando, admirou as qualidades da jovem, apaixonou-se, protegeu-a, favoreceu-a e, para o final ser feliz, casaram.
“Assim tomou Boaz a Rute, e ela lhe foi por mulher;
e ele a possuiu, e o Senhor lhe fez conceber,
e deu à luz um filho.” – Rute 4:13

- E que dizer de José e Maria? Sem dúvida, os representantes de um amor sublime…
Que grande prova de escolha e amor aquele homem deu e que enorme capacidade de entrega e aceitação a dela. José foi protector e fiel, Maria humilde e obediente, ambos sem desconfianças e ambos tementes a Deus.
“Foi assim o nascimento de Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, mas, antes que se unissem, achou-se grávida pelo Espírito Santo…
E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara,
e recebeu a sua mulher.” – Mateus 1:18,24

Que Deus abençoe as vossas escolhas e sustente o vosso amor!

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Quando AMOR se Escreve com U e B



“Lâmpada para os meus pés é a Tua palavra e luz para o meu caminho.”
Salmo 119:105



Há alguns temas que são tão intensos, tão íntimos que, por muito que se diga, fica-se com a sensação de não ter conseguido transmitir nada. É isto que eu sinto quando falo da União Bíblica.
 
Hoje comemorámos os 65 anos da U.B. em Portugal. Foi uma festa a que infelizmente faltaram muitos, mas foi de enorme alegria para tantos.
Cânticos, testemunhos, mensagem, orações, fotografias, encontro de amigos, tudo à medida dos amantes daquela grande obra de Deus.
 
Porque é que a União Bíblica se confunde com a minha vida?
- Nascemos no mesmo ano (1949), a U.B. em Fevereiro, eu em Agosto.
- Conforme testemunhei na primeira mensagem do meu blog (02.06.2010), foi num acampamento da U.B. que aceitei Cristo como meu Salvador.
- Por lá (acampamento do Carrascal) aprendi muito da Palavra de Deus e ganhei amigos para a vida.
- Além de campista, cheguei a colaborar como chefe e como conselheira.
- Fui co-fundadora da SCUBj (sub-comissão da U.B. jovens).
- Para lá mandei os meus filhos (ambos ali aceitaram Jesus) e também eles vieram a colaborar como chefes.
- Os meus netos já são campistas e, como o meu Samuel diz: “O nosso acampamento avó, o nosso sabes?” Porque não há igual!
 
Continuo a estar sempre com a União Bíblica, em oração ou de qualquer outra forma.
E, apesar da U.B. não se resumir aos acampamentos, é neles que sempre me reencontro com a paz e o amor de Deus.
Ninguém que por ali passe fica indiferente ao ar que se respira, nem ao chão que se pisa, ninguém esquece aquela experiência.
 
Eu amo a União Bíblica!
 
Indissociável da organização é a pessoa que trouxe a U.B. para Portugal e que fez dela o seu serviço ao Mestre – Pr. Abel Rodrigues, de quem já aqui falei e homenageei (19.11.2011).
Com tempo espero voltar ao tema, trazendo uma amostragem fotográfica e, talvez noutra altura, com um pouco da história da U.B.
 
Desculpem, se falei muito e não consegui dizer nada, mas eu avisei... Termino, fazendo minhas as palavras com que o Paulo Pina Leite, director norte da U.B., encerrou o seu testemunho de hoje:
 
“Se podia ter vivido sem a União Bíblica? Poder, podia, mas não era a mesma coisa!”

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Diferente, para Melhor

Deus sabe sempre o que é melhor para nós, por isso, muitas vezes dá uma resposta diferente àquilo que pedimos. Talvez que, no imediato, o nosso coração fique abatido, mas a seu tempo veremos que o propósito de Deus é melhor e vai ao âmago da nossa súplica.

“Atendeu à oração do desamparado e não desprezou a sua súplica.” – Salmo 102:17

Aurélio Agostinho (Tagaste 354 – Hipona 430), conhecido como Agostinho de Hipona ou Santo Agostinho, foi um jovem rebelde e leviano, sempre envolvido em paixões e atitudes contrárias aos ensinamentos cristãos de sua mãe.

Um dia planeou fazer uma viagem a Itália, mas Mónica, sua mãe, temendo o que o filho podia fazer longe do seu controlo, tentou demovê-lo dessa intenção.

Na véspera da partida, Mónica orou durante toda a noite para que Deus impedisse o filho de viajar. Porém, na manhã seguinte, ele pegou na trouxa e partiu de barco para Itália, deixando para trás uma mãe angustiada. O Senhor não atendera à sua oração! (?)

Aquela viagem era longa e Agostinho estava sozinho, mas um outro jovem viajante, Ambrósio, travou conhecimento com ele e acabou por lhe falar de Cristo, do pecado e da salvação.
Quando a viagem terminou, Agostinho tinha sido tocado pela mensagem que Ambrósio transmitira e tinha aceite Cristo, Aquele a quem sua mãe amava e de quem lhe falava, sem que ele desse qualquer valor.

Certamente que isto era o que Mónica mais queria, mas não foi o que ela pediu. Deus respondeu de forma diferente e excedeu o pedido. Ele permitiu que o jovem viajasse, porque sabe o que é melhor e quando, como e onde deve actuar.


Agostinho tornou-se um importante bispo, escritor, teólogo, filósofo e doutor da Igreja Católica.
Os seus principais estudos e ensino tinham como alvo preferencial: o conceito de igreja, o pecado, a salvação e a graça divina.



Ora, Àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a Esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Ámen!” – Efésios 3:20-21